terça-feira, 23 de junho de 2009

Richard Stallman na Unicamp

Ontem participei de uma palestra do Richard M. Stallman na Unicamp aqui em Campinas. Pra quem não conhece, O Stallman é o idealizador do software livre, criador do projeto GNU, do EMACS, do GCC, etc. Ele praticamente consolidou o conceito de copyleft. Atualmente trabalha defendendo sua idéia de que todo software deve ser livre.
Na palestra ele abordou justamente sobre este tema. Sua primeira frase na palestra foi: "What is free software?" E assim desencadeou toda uma explicação de que um software livre não é tão somente um software gratuito e sim um software onde o usuário é livre. Onde o usuário pode: Usar o programa como quiser, fazer as alterações que quiser no programa, distribuir gratuitamente e livremente o programa e por último, talvez como consequência de tudo isso, colaborar com a comunidade e a sociedade em que ele está inserido.
Para quem já está habituado com o tema, tudo isso não tem nada de extraordinário mas, como disse a professora Islene que introduziu a palestra, nós somos como crianças que gostamos de ouvir a mesma história e cada vez que a ouvimos aprendemos mais.
Eu particularmente não consigo ser tão devoto da 'EMACS Church' quanto é o pregador Stallman. Ele é um líder religioso desta igreja muito fervoroso que sempre que falava de software proprietário, falava que era para tomarmos cuidado pois 'they have the control'. Ele chegou a criticar a distribuição Debian por rodar um Kernel com trechos proprietários e até declarar que o Linus Torwalds não é a favor do software livre por deixar que 'eles tenham o controle'. Nessa paranóia toda, ele expôs uma opnião sobre o sistema de votação brasileiro que me fez pensar. Para ele, voto deve ser feito no papel pois com computadores o processo de contagem de votos é ainda mais obscuro, por mais que o sistema que rode nas urnas seja software livre.
Perguntei sobre Cloud Computing, a nova idéia de computação na nuvem que está surgindo e ele foi bem enfático: "Não usem essas coisas. Além de deixar que eles tenham controle do software que vocês estão usando, eles estão tendo controle do processamento deste software e até dos dados deste software. ". E eu fiquei refletindo. Cloud Computing é uma estratégia para que a idéia do software livre enfraqueça. Também, agora que temos máquinas potentes, com muito mais capacidade de processamento, usarmos estas máquinas como terminais burros é jogar dinheiro fora.

E claro, como não podia deixar de ser, tirei minha foto com a figura:
E ele não cobrou a foto, como ele costuma cobrar do pessoal já que ele acredita que tirar fotos é perda de tempo e não acrescenta nada. Acho que ele estava de bom humor. Hehehe

sábado, 23 de maio de 2009

Criminal Minds

Quem me conhece sabe o quanto eu gosto de Criminal Minds. Assisto várias séries, entre elas Lost, House, Lie to Me, The Mentalist, enfim, mas CM é minha preferida.

É triste que quase ninguém conhece e acompanha Criminal Minds aqui no Brasil. Nos EUA a série tem, muitas vezes, mais audiência que Lost, que é, por outro lado, mais badalada aqui. Tanto que mal passou a season finale da quinta temporada nos EUA e as locadoras aqui da cidade já anunciam esta temporada em DVD.

Pra quem não conhece, Criminal Minds é uma série policial estilo "FBI! Put your hands where I can see them!" mas é bem diferente das séries policiais em geral. O seriado gira em torno de uma equipe do FBI, a BAU(Behavioral Analysis Unit) que investiga o comportamento dos suspeitos, traça perfis e assim consegue reunir as peças para prender os criminosos. A equipe entra em ação quando não há mais pistas para investigar sequências de crimes. Ela usa psicologia, apresenta o que motiva os assassinos a cometerem os crimes, tendo muitos casos ou parte deles baseados em casos reais. Assim, vários estudiosos da área da psicologia e análise forense prestigiam a série.

Cada elemento do time tem sua personalidade e suas habilidades e as usa para resolver os casos. O Dr. Reid é um jovem nerd, que consegue perceber vários detalhes que os outros do time não conseguem, o agente Morgan é o rambo corajoso que está presente na maioria das situações de risco, a Garcia é quem fica atrás dos computadores e está sempre pronta para conseguir informações para a equipe, só pra citar alguns...

A primeira e a segunda temporada estão disponíveis na TVTerra legendadas (http://terratv.terra.com.br/Diversao/4150/Criminal-Minds.htm)
Não precisa ser assinante do Terra para assistir.
Já outras temporadas podem ser vistas no tvshack.net ou hulu.com

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Voltei, voltei...

Faz tempo que eu não escrevo algo aqui. Queria ter a genialidade, criatividade, senso crítico e etc da Déboba pra escrever. Vou tentar botar o blog em dia. Deixei de escrever sobre aquela pesquisa incrível da Bit9, empresa parceira da Microsoft, que colocava o Firefox como o software mais vulnerável, deixei de expressar a raiva que senti do Naufragador Internet Explorer esta semana. Aliás, senti raiva do IE quando li a 'pesquisa', também.

Todo mundo já tá careca de saber das falhas de segurança do IE, todo mundo viu a notícia do Jornal da Globo onde a mulher que parece a Simoninha Christiane Pelajo falou que o Internet Explorer(detalhe para o sotaque gringo que ela usou) havia sido 'hackeado pelos chineses' e os usuários deveriam aguardar uma atualização de segurança que sairia nesta quarta-feira. Na pequena reportagem dizia que somente o IE 7 estava comprometido, mas os mais ligados sabem que TODAS as versões do IE estão com a tal falha que faz com que qualquer site arbitrariamente 'instale programas no computador da vítima'. Aliás, isso não é novidade no Internet Explorer, né? E é uma falha tão inocente... Você simplesmente navega pela internet com seu Naufragador(O IE é um naufragador, não navegador) e tem vírus e mais vírus instalados no seu computador. Nada tão grave. Só mandar formatar, pagar '50 real' pro cara da loja grande e bonita instalar um monte de softwares piratas pra você e ainda o Internet Explorer 7, pois o Internet Explorer 8 ainda é beta e instável, senão ele instalaria o 8.

Eu ainda não entendi bem os critérios da pesquisa da Bit9, mas pelo que entendi eles simplesmente usaram a quantidade bugs divulgados, sem levar em conta os resolvidos e nem a gravidade dos bugs. Engraçado... Se não fossem os 'chineses descobrirem a falha' a Microsoft teria deixado tudo embaixo do tapete mesmo, como sempre fez, né? Não ficar sabendo dos bugs faz a gente realmente se sentir seguro... Meu Firefox atualiza automaticamente e só pergunta se eu quero reiniciar na hora ou se eu quero reiniciar depois. Será que o deles num fazia isso?

Meu drama com o Explorador da Internet essa semana foi digno de um post, então não podia deixar de falar dele. Troquei todo o layout do meu site. Ficou lindo! PNGs transparentes, todo formatado com CSS, tableless, enfim... Quem trabalha com web já deve estar imaginando o que aconteceu. PNG transparente não roda no IE6, roda mais pra menos no IE7, mas dá pra corrigir, tem várias gambiarras por aí que ajudam a resolver, CSS não é interpretado direito no IE mas também existem alternativas. O que eu não esperava era o site simplesmente NÃO ABRIR no IE6. Esperava as divs absurdamente fora do lugar, as transparências do CSS sem funcionar, enfim, mas o site não abrir foi um baque pra mim. No IE7 abria normalmente, mas no IE6 simplesmente só me aparecia o topo da página. Solução encontrada foi a mais POG possível: Botar tudo em tabelas. Sim. Com as tabelas o Internet Explorer 6 interpretou quase que corretamente a página. Imagina o quanto eu fiquei feliz por ter que praticamente refazer cada página já que grande parte dos visitantes usam o IE6. Aí que comecei a reconsiderar aquela idéia de ser um atleta profissional. Futebol, que tal?

Um apelo: Se você estiver usando o tal Internet Explorer, convido você, caro visitante, a instalar hoje um navegador mais seguro e melhor:
http://br.mozdev.org/firefox/download.html


Acho que só volto pro blog ano que vem e, como em todo ano que vai nascer a gente faz alguns planos, vou tentar postar com mais frequência. Então, Boas festas pra todos. DAT.
Random: "planos" me fez lembrar da música do Switchfoot, Let that be enough. "My sandcastles spend their time collapsing"


PS: Sim, o papo de ser jogador de futebol é só brincadeira. Eu sei que sou uma negação no futebol, ninguém precisa se preocupar.

sábado, 11 de outubro de 2008

Prata refinada


Havia um grupo de mulheres num estudo bíblico do livro de Malaquias.

Quando elas estavam estudando o capítulo 3, elas se depararam com o versículo 3 que diz: "Ele assentar-se-á como fundidor e purificador de prata".

Este verso intrigou as mulheres e elas se perguntaram o que esta afirmação significava quanto ao caráter e natureza de Deus.

Uma das mulheres se ofereceu para tentar descobrir como se realizava o processo de refinamento da prata e voltar para contar ao grupo na próxima reunião do estudo bíblico.

Naquela semana esta mulher ligou para um ourives e marcou um horário com ele para assisti-lo em seu trabalho.Ela não mencionou a razão de seu interesse na prata, nada além do que sua curiosidade sobre o processo de refinamento da prata. Enquanto ela o observava, ele mantinha um pedaço de prata sobre o fogo e deixava-o aquecer.

Ele explicou que no refinamento da prata devia-se manter prata no meio do fogo onde as chamas eram mais quentes de forma a queimar todas as impurezas. A mulher pensou em Deus mantendo-nos num lugar tão quente, depois ela pensou sobre o verso novamente, que '"Ele se assenta como um fundidor e purificador de prata".

Ela perguntou ao ourives se era verdade que ele tinha que se sentar em frente ao fogo o tempo todo que a prata estivesse sendo refinada. O homem respondeu que sim. Ele não apenas tinha que sentar-se lá segurando a prata, mas também tinha que manter seus olhos na prata o tempo inteiro que ela estivesse no fogo. Se a prata fosse deixada, apenas por um momento, em demasia nas chamas, ela seria destruída.

A mulher silenciou por um instante.

Depois ela perguntou:
- 'Como você sabe quando a prata está completamente refinada?'

Ele sorriu e respondeu:
- 'Oh, é fácil. Quando eu vejo a minha imagem nela'.

(Autor desconhecido)


(Mais um texto do blog do Fafá)

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Google Chrome: Um passo para a evolução?

O Google lançou essa semana seu novo navegador, o Google Chrome. O slogan da página do Chrome é bem interessante: "O Google Chrome é um navegador feito para tornar a web mais rápida, fácil e segura com um design minimalista que não atrapalha você.". Quer dizer: "O Google Chrome é um navegador otimizado para a Web 2.0". Parece um grande passo para o avanço da Web, para o surgimento de novas ferramentas, para a extinção de sites em Flash(tá, tá, não é preciso ser tão radical assim).
Essa proposta parece ser muito boa, assim como a maioria das coisas que o Google conseguiu propor para a WEB, mas será que isso vai mudar mesmo a realidade dela como estão falando por aí?

Não. Não quero ser pessimista. Mas infelizemente ainda estamos presos às antigas tecnologias. Indo direto ao ponto, ou o IE6 SOME de uma vez por todas ou estamos fadados a fazer inúmeros remendos, a deixar de utilizar várias técnicas avançadas, novas e interessantes porque muita gente ainda usa o explorador da internet 6. Infelizmente o infeliz ainda é o mais utilizado por aí. Nos relatórios de visitas do site que trabalho, o IE6 lidera com mais de 60% de uso.

Podem surgir milhares de navegadores novos e inovadores, mas enquanto os antigos não forem descontinuados, não poderemos desenvolver nada avançado. É por isso que a coisa não é tão simples assim. Antes de conseguirmos desfrutar o novo, temos que deixar o antigo. Eu já fiz minha parte. E você?

Não por força nem por poder

“Não adianta nada me dar uma peça como Hamlet ou Rei Lear e me dizer para escrever uma peça assim. Shakespeare conseguia – eu não. E não adianta nada me mostrar uma vida como a vida de Jesus e me dizer para viver uma vida assim. Jesus conseguia – eu não. Mas se a genialidade de Shakespeare pudesse vir e habitar em mim, então eu poderia escrever uma peça como essas. E se o Espírito pudesse vir para dentro de mim, então eu poderia viver uma vida como a dEle.”

*William Temple, arcebispo na década de 1940, citado por John Stott em seu último sermão público.

(Texto retirado do blog Ortodoxia)